23/08/2024 12:07
Tudo que você precisa saber sobre Mpox: transmissão, prevenção, sintomas e cobertura do teste
O Mpox voltou a ser destaque na mídia quando, neste mês de agosto, a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou que o atual surto da doença na África é uma emergência de saúde pública global. Mas o que isso significa? O quanto devemos ficar preocupados? Como podemos nos proteger? Quais são os sinais de alerta? O plano cobre o teste para diagnóstico da doença?
Cenário atual, no mundo e no Brasil
A declaração da OMS foi motivada pelo aumento dos casos de uma versão mais grave do vírus, conhecida como clado 1B, que está causando o atual surto na República Democrática do Congo. Essa versão é mais letal e potencialmente mais transmissível.
A boa notícia é que, até o momento, nenhum caso do clado 1B foi identificado no Brasil. Em 2024, foram notificados 709 casos de Mpox no Brasil, todos relacionados à versão mais branda (clado 2). O último caso que levou à óbito em terras brasileiras ocorreu em abril de 2023.
Com base nesse cenário, a avaliação do Ministério da Saúde é de que o risco para o Brasil é baixo. O momento atual, no Brasil, é de conscientização, prevenção e atenção aos sintomas, sem motivo para alarme.
Como o Mpox é transmitido
Ao contrário de outros vírus que circulam pelo ar, a principal forma de transmissão do Mpox ocorre por meio de contato mais próximo com uma pessoa infectada, por meio das características úlceras que se formam na pele ou de secreções, como a saliva.
Também é possível a transmissão por meio de gotículas respiratórias, mas, normalmente, esse caminho requer contato prolongado com a pessoa infectada, sendo um risco maior para trabalhadores da saúde, familiares e parceiros íntimos.
Outra forma de contágio são objetos contaminados pelos fluidos corporais: roupas, lençóis, pratos, talheres etc.
Do primeiro contato com o vírus até o início dos sintomas, costumam-se passar de 3 a 16 dias, mas o período de incubação pode chegar a 21 dias. Uma pessoa pode transmitir a doença desde o momento em que os sintomas surgem até as feridas terem cicatrizado completamente e uma nova camada de pele se formar. Em média, casos leves e moderados duram de 2 a 4 semanas.
Como prevenir o Mpox: cuidados e vacina
A principal recomendação é evitar o contato direto com pessoas com suspeita ou confirmação da doença, que devem cumprir isolamento e não compartilhar objetos de uso pessoal (toalhas, roupas, lençóis, escovas de dente, talheres etc.) até o término do período de transmissão.
Para quem estiver cuidando de pessoas com Mpox, a recomendação é usar luvas, máscaras e outros equipamentos de proteção, como aventais e óculos de proteção, se possível. A higiene frequente também é recomendada: lave regularmente as mãos com água e sabão ou utilize álcool em gel, principalmente após o contato com a pessoa ou com os objetos que possam ter entrado em contato com as feridas ou secreções.
Para higienizar os objetos que a pessoa utilizou, lave-os com água morna e detergente. Lembre-se ainda de limpar e desinfetar todas as superfícies contaminadas e descartar os resíduos, como curativos, de forma adequada.
Já existem no mercado duas vacinas contra Mpox, mas a capacidade de produção e entrega dos fabricantes ainda é limitada, menor do que a demanda. Por isso, a campanha de vacinação no Brasil prioriza pessoas com maior risco de evolução para formas graves da doença.
Atualmente são aplicadas duas doses da vacina Jynneos (também conhecida como Imvamune ou Imvanex), da Bavarian Nordic, em pessoas acima de 18 anos com o vírus HIV, profissionais de laboratórios que trabalham diretamente com o patógeno, e equipes de saúde específicas. Para esses públicos, é realizada a aplicação antes da exposição ao vírus.
A vacina está disponível também para quem teve contato com pessoas infectadas e a vigilância local entende que a exposição foi de alto ou médio risco. Nesses casos, a vacina é aplicada após a exposição ao vírus.
Você se encaixa em um desses grupos? Busque uma unidade pública de saúde e vacine-se. Das 49 mil doses disponíveis no Programa Nacional de Imunizações (PNI), somente 29.165 foram aplicadas até o final de junho.
Atenção aos sintomas de Mpox
As lesões na pele e mucosas geralmente começam de um a três dias após o início da febre, mas também podem aparecer antes. Essas lesões podem ser planas ou levemente elevadas, preenchidas com líquido claro ou amarelado, podendo formar crostas, que secam e caem. As erupções tendem a se concentrar no rosto, na palma das mãos e planta dos pés, mas podem ocorrer em qualquer parte do corpo.
Está com lesões na pele, com suspeita de Mpox?
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Outra opção é buscar o atendimento médico em nossa rede credenciada – use a ferramenta de busca para encontrar o pronto socorro mais próximo.
Se teve contato com alguém com suspeita ou confirmação da doença, informe isso no momento do atendimento.
O teste laboratorial para detecção do vírus e diagnóstico de Mpox, por biologia molecular, é coberto pelo nosso plano de saúde, com autorização automática.
Enquanto aguarda o resultado, tente se isolar e evite contato próximo com outras pessoas para protegê-las da infecção. Lembre-se ainda de higienizar suas mãos regularmente.