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13/12/2022 11:45

Entenda o que o HPV tem a ver com o câncer do colo de útero e como se prevenir da doença

Todo câncer do colo de útero começa com uma infecção por alguns tipos do papilomavírus humano (HPV), mas nem toda presença de HPV evolui para a doença. Muito pelo contrário: o câncer é um desfecho raro que, quando descoberto na fase inicial, tem 100% de chance de cura. É por isso que falar em prevenção do câncer do colo de útero é fundamental.

Esse tipo da doença, também conhecido como câncer cervical, é o quarto mais frequente na população com útero no Brasil. Já no mundo, a incidência é de aproximadamente 500 mil casos a cada ano, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). Isso em um cenário de cerca de 290 milhões de portadoras do HPV, o que reforça que a evolução para o câncer nem sempre acontece.

Mas não dá para abrir margem para o azar e brincar com a saúde, não é? Para diagnosticar precocemente lesões que possam evoluir para o câncer, contamos com o famoso exame Papanicolau – que tem esse nome em homenagem ao patologista grego inventor do método, sem relação alguma com o também famoso Papai Noel, por mais que o nome nos faça lembrar do bom velhinho.

Esse exame preventivo deve ser feito periodicamente. O Instituto Nacional de Câncer (Inca) sugere a realização anual do Papanicolau nas duas primeiras vezes e, se os resultados estiverem normais, ampliar o intervalo para três anos. É indicado para pessoas com colo do útero – mulheres, homens trans, não-binários designados mulher ao nascer – na faixa etária de 25 a 64 anos que já tenham tido atividade sexual.

Aliás, ter uma vida sexual ativa é o principal indicativo para a rotina de preventivo ginecológico, valendo também para quem já entrou na menopausa ou para quem tem menos de 25 anos de idade. Quanto a isso, fica um ponto de alerta: com a vida sexual começando mais cedo, as adolescentes estão mais expostas ao contágio.

O Papanicolau é um exame simples e rápido que tem ganhos que superam e muito qualquer possível desconforto que a coleta da amostra possa causar: permite detectar a doença nos estágios iniciais, quando os sintomas ainda são silenciosos. Nas fases mais avançadas, podem surgir sintomas como sangramento vaginal, corrimento e dor abdominal, geralmente associada a queixas urinárias ou intestinais.

Por isso, sempre faça os exames preventivos que o médico que coordena o seu cuidado indicar, independentemente do intervalo. É esse profissional que acompanha de perto sua saúde e saberá indicar a melhor frequência para o seu caso.

Como se prevenir do HPV e, consequentemente, do câncer do colo de útero

A transmissão do HPV ocorre por meio da relação sexual – abrasões microscópicas são o caminho de entrada para o vírus – então a principal dica é o uso de preservativos (camisinha masculina ou feminina), que protegem parcialmente do contágio.

Iniciar precocemente a vida sexual, ter múltiplos parceiros e o uso prolongado de pílulas anticoncepcionais são fatores de risco para a infecção pelo HPV, assim como a quantidade de cigarros fumados. A OMS estima que 80% das pessoas com útero sexualmente ativas irão adquirir a infecção pelo HPV ao longo das suas vidas.

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Como o preservativo não consegue proteger totalmente da infecção, o Ministério da Saúde recomenda como medida adicional a vacinação contra o HPV para meninas de 9 a 14 anos e meninos de 11 a 14 anos. No caso de mulheres com imunossupressão, HIV/Aids, câncer ou transplantadas, a vacina é indicada até os 45 anos de idade.

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Juntos, o exame Papanicolau, o preservativo e a vacina somam forças para prevenir o câncer do colo de útero.

Para mais informações, acesse o site do Inca, fonte que utilizamos para a produção desse conteúdo.

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