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20/08/2025 09:00

Descubra como prevenir um Acidente Vascular Cerebral (AVC)

O AVC, também chamado de derrame cerebral, é uma das principais causas de morte e incapacidade (sequelas físicas e neurológicas) no Brasil e no mundo. A boa notícia é que, embora seja uma condição grave, em alguns casos, é possível prevenir e tratar a doença (com grandes chances de sucesso), se a procura por atendimento médico ocorrer de forma rápida, emergencial.

Nesse artigo, leia sobre:

1. O que é AVC?
2. Dados epidemiológicos
3. Como prevenir o AVC?
4. Quais são os sintomas do AVC?
5. Como saber se é um AVC?
6. Como é feito o diagnóstico do AVC?
7. Qual é o tratamento do AVC?
8. Convivendo com as sequelas do AVC
9. Conte com o nosso plano para se cuidar
10. Autodeclaração de saúde
11. Referências bibliográficas

O que é AVC?

O AVC acontece quando há interrupção do fluxo sanguíneo para o cérebro, o que leva à morte das células cerebrais por falta de oxigênio e nutrientes. É uma emergência médica, ou seja, precisa de atenção rápida.

De acordo com o Ministério da Saúde, o AVC é a segunda causa de morte no Brasil, ficando atrás apenas das doenças do coração. A gravidade é percebida na redução da qualidade de vida e da capacidade funcional do paciente, deixando a pessoa com dificuldades de fala e mobilidade, com impactos financeiros para o sistema de saúde e para as famílias dos pacientes.

Existem dois tipos principais de AVC:

  • AVC isquêmico: causado por uma obstrução (geralmente por um coágulo) em uma artéria do cérebro. É o tipo mais comum, representando cerca de 80% dos casos. Também pode ocorrer pela obstrução da artéria por depósito de gordura na parede do vaso (placa de ateroma) que progressivamente vai obstruindo a luz do vaso até a oclusão total.
  • AVC hemorrágico: ocorre quando há o rompimento de um vaso sanguíneo no cérebro, levando ao sangramento local. É mais grave e mais letal. Geralmente relacionado à hipertensão não controlada, aneurismas ou traumas.

Dados epidemiológicos

dados.pngSegundo o Datasus, órgão do Ministério da Saúde que monitora as dados epidemiológicos do Sistema Único de Saúde (SUS), em 2022, 72,7% das mortes de pessoas com 65 anos ou mais no Brasil aconteceram por problemas no aparelho circulatório (doenças cardíacas, acidentes vasculares cerebrais e outras relacionadas ao coração e aos vasos sanguíneos). Na faixa etária entre 55 e 64 anos, o percentual foi de 15%.

Embora doenças cardiovasculares sejam mais comuns em homens, as mulheres também devem ficar atentas. Conforme gráfico abaixo, a hipertensão é mais frequente no público feminino nas capitais brasileiras, especialmente após a menopausa. Isso acontece porque as mudanças hormonais nesse período podem aumentar o colesterol, os triglicérides e a pressão arterial, elevando o risco de problemas cardíacos.

Fonte: Vigitel, órgão que compõe o Sistema de Vigilância de Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT) do Ministério da Saúde.

Como prevenir o AVC?

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Mais de 80% dos AVCs podem ser evitados com cuidados simples no dia a dia. Veja algumas atitudes que ajudam a proteger o cérebro:

  • Acompanhamento cardiológico - problemas cardíacos aumentam o risco de AVC
  • Controle da pressão arterial – a hipertensão é o principal fator de risco
  • Alimentação saudável – rica em frutas e vegetais, com pouco sal e gordura
  • Atividade física regular
  • Evitar o cigarro e o consumo excessivo de álcool
  • Controle do diabetes e colesterol
  • Acompanhamento médico regular

Quais são os sintomas do AVC?

Os sintomas aparecem de repente e variam de acordo com a parte do cérebro afetada. Os sinais mais comuns são:

  • Fraqueza ou formigamento de um lado do corpo (rosto, braço ou perna);
  • Dificuldade para falar ou compreender o que os outros dizem;
  • Alterações na parte ocular, como visão dupla ou perda de parte do campo visual;
  • Tontura, desequilíbrio ou dificuldade para coordenar os movimentos;
  • Dor de cabeça forte e repentina, sem motivo aparente (mais comum no AVC hemorrágico).

Como saber se é um AVC?

Para ajudar a identificar rapidamente um possível AVC, lembre-se da sigla SAMU:

  • Sorriso: peça para a pessoa sorrir. Um sorriso torto ou com um lado do rosto paralisado pode ser um sinal de AVC.
  • Abraço: peça para a pessoa levantar os braços. A dificuldade em levantar ou a fraqueza em um dos braços também pode indicar um AVC.
  • Mensagem: peça para a pessoa repetir uma frase simples. A dificuldade em falar ou entender pode ser um sintoma.
  • Urgência: se você perceber algum desses sinais, procure ajuda médica imediatamente na emergência mais próxima. Cada minuto conta para salvar vidas e evitar sequelas.

Como é feito o diagnóstico do AVC?

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  • Histórico e exame clínicos
  • Avaliação dos fatores risco
  • Tomografia computadorizada do crânio
  • Ressonância magnética
  • Exames de sangue
  • Ecocardiograma
  • Doppler dos vasos do pescoço (carótidas e vertebrais) no AVC isquêmico para avaliar obstrução dos vasos que irrigam o cérebro

Qual é o tratamento do AVC?

O AVC é uma doença tempo-dependente, ou seja, quanto mais rápido o tratamento for iniciado, maiores as chances de reversão dos problemas e de evitar sequelas. O tratamento depende do tipo de AVC:

AVC isquêmico embólico

Pode ser tratado com medicamentos trombolíticos (que dissolvem o coágulo), se for diagnosticado nas primeiras 4,5 horas do início dos sintomas. Após o procedimento, o paciente deverá ser acompanhado em unidade de monitoramento intensivo para controle de pressão arterial, avaliação de sangramentos e evolução do quadro neurológico.

  • Controle pressórico (manutenção da pressão arterial em níveis considerados normais, geralmente abaixo de 130/80 mmHg)
  • Fisioterapia
  • Conciliação medicamentosa (informação completa e correta dos medicamentos em uso pelo paciente, com harmonização dos planos terapêuticos, desde a admissão até a alta)
  • Identificação e tratamento das condições de risco, como hipertensão arterial sistêmica, diabetes mellitus e dislipidemia

AVC hemorrágico

  • Controle rigoroso da pressão
  • Cirurgia ou outros procedimentos para conter o sangramento
  • Conciliação medicamentosa
  • Fisioterapia
  • Identificação e tratamento das condições de risco, como hipertensão arterial sistêmica, diabetes mellitus e dislipidemia

Após a fase aguda, muitos pacientes precisam de reabilitação, como fisioterapia, fonoaudiologia e terapia ocupacional. Essas intervenções se iniciam ainda na internação, assim que o paciente está estabilizado clinicamente, e deve continuar após a alta hospitalar.

Convivendo com as sequelas do AVC

Alguns pacientes podem apresentar sequelas após o AVC, como dificuldades motoras, problemas de fala ou alterações cognitivas. O apoio da família, de profissionais de saúde e a reabilitação são fundamentais para melhorar a qualidade de vida e promover a recuperação.

Conte com o nosso plano para se cuidar

Apesar de ser um evento agudo, os fatores de risco e as condições de saúde associadas ao Acidente Vascular Cerebral são preveníveis ou passíveis de controle. Ter uma equipe de saúde que faça o seu acompanhamento regular e o uso correto de suas medicações são extremamente importantes para evitar que um evento potencialmente grave aconteça.

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Autodeclaração de saúde

Já fez a autodeclaração de saúde? A partir dela, conseguimos mapear riscos, entender suas necessidades e indicar os programas complementares de saúde mais adequados à sua jornada, sempre com foco no seu bem-estar.

Acesse o Portal do Beneficiário e clique no menu 'Programas Complementares' para responder ao seu questionário de autodeclaração. No app Saúde Petrobras, o acesso é por meio do Perfil (canto superior direito).

Referências bibliográficas

1. Ministério da Saúde (Brasil) – https://www.gov.br/saude
2. Organização Mundial da Saúde (OMS) – https://www.who.int
3. Sociedade Brasileira de Doenças Cerebrovasculares – https://www.sbdcv.com.br
4. Feigin, V.L. et al. (2021). Global Burden of Stroke and Risk Factors. The Lancet Neurology.
5. American Stroke Association – https://www.stroke.org
6. Hcor - https://www.hcor.com.br/

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