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03/09/2025 17:39

Cuide bem do seu coração e previna o infarto agudo do miocárdio

O infarto agudo do miocárdio é uma ameaça grave e real, mas pode ser prevenido e tratado com sucesso, se identificado rapidamente. Conhecer os sintomas, agir com rapidez e manter um estilo de vida saudável são os principais aliados na luta contra essa doença.

Nesse artigo, leia sobre:

1. O que é o infarto?
2. Dados epidemiológicos
3. Como prevenir o infarto?
4. Causas do infarto e fatores de risco
5. Quais são os sintomas e como reconhecer um infarto?
6. O que fazer em caso de suspeita de infarto?
7. Diagnóstico
8. Tratamento de síndromes coronarianas agudas
9. Complicações
10. Conte com o nosso plano para se cuidar
11. Autodeclaração de saúde
12. Referências bibliográficas

O que é o infarto?

Síndromes coronarianas agudas são o resultado de um bloqueio repentino em uma artéria coronariana (artéria que nutre o coração). Esse bloqueio pode provocar a angina instável (dor no peito mesmo em repouso) ou um ataque cardíaco (infarto do miocárdio), dependendo da localização e da intensidade do bloqueio da artéria.

O infarto acontece quando uma das artérias do coração fica obstruída e impede a passagem de sangue para uma parte do músculo cardíaco (miocárdio). Sem oxigênio e nutrientes, essa parte do coração começa a morrer por falta de suprimento de sangue. Por isso, o infarto é uma situação de emergência médica e deve ser tratado o mais rapidamente possível.

Dados epidemiológicos

O infarto agudo do miocárdio (IAM), também conhecido como ataque cardíaco, é uma das principais causas de morte no Brasil e no mundo. Nos Estados Unidos, cerca de um milhão de ataques cardíacos ou mortes cardíacas súbitas ocorrem a cada ano. E as síndromes coronarianas agudas causam quase 400.000 mortes a cada ano.

Doenças cardiovasculares causaram a morte de mais de 400 mil pessoas no Brasil em 2022, de acordo com dados do Datasus – SIM, disponíveis no Observatório da Saúde Pública. Isso equivale a 1.096 mortes por dia, 46 por hora.

Como prevenir o infarto?

A boa notícia é que o infarto pode ser evitado com hábitos saudáveis e acompanhamento médico. Veja algumas dicas:

  • Adote uma alimentação equilibrada, com menos gordura, açúcar e sal
  • Pratique atividade física regularmente
  • Controle sua pressão arterial, colesterol e diabetes
  • Abandone o cigarro; fumar é um grande fator de risco para doença cardíaca
  • Reduza o estresse e durma bem
  • Faça acompanhamento médico e os exames solicitados pela sua equipe de cuidados

Causas do infarto e fatores de risco

Um coágulo sanguíneo é a causa mais comum do bloqueio da artéria coronariana. Normalmente, a artéria já está parcialmente estreitada pelo acúmulo de colesterol e outros materiais gordurosos na parede do vaso (ateroma). Um ateroma pode se romper ou estourar, o que libera substâncias que tornam as plaquetas mais pegajosas, estimulando a formação de coágulos. Essas placas podem se romper e formar coágulos que bloqueiam a passagem do sangue.

Outros fatores de risco importantes são:

  • Pressão alta (hipertensão)

  • Colesterol elevado

  • Diabetes

  • Tabagismo (cigarro)

  • Obesidade e sedentarismo

  • Estresse constante

  • Histórico familiar de doenças cardíacas

    A maioria dos fatores de risco é passível de prevenção e controle por meio de acompanhamento regular com a equipe de saúde.

Quais são os sintomas e como reconhecer um infarto?

Os sintomas podem variar, mas os mais comuns são:

  • Dor ou pressão no peito, que pode se espalhar para o braço esquerdo, costas, pescoço ou mandíbula
  • Coração com batimentos fortes (palpitações)
  • Falta de ar
  • Suor frio, transpiração intensa repentina
  • Náuseas ou vômitos
  • Tontura, sensação de desmaio ou desmaio real
  • Cansaço intenso e incomum (principalmente em mulheres e idosos)

A dor de um ataque cardíaco é semelhante à angina (dor no peito causada pela diminuição do fluxo de sangue no coração), mas é geralmente mais grave, dura mais tempo e não é aliviada por repouso ou medicamentos. A dor na parte mediana do tórax pode se irradiar para as costas, o maxilar ou o braço esquerdo. Com menos frequência, a dor se espalha para o braço direito. Também é possível ocorrer em um ou mais desses locais, e não no tórax. Cerca de um terço das pessoas que têm um ataque cardíaco não têm dor no peito.

Durante um ataque cardíaco, a pessoa pode ficar inquieta, suada e ansiosa, e pode sentir uma sensação de morte iminente. Os lábios, as mãos ou os pés podem ficar ligeiramente azulados ou acinzentados.

Pessoas acima de 60 anos podem ter sintomas incomuns e ficar desorientados. Em muitos casos, o mais evidente é a falta de ar. Os sintomas podem se assemelhar aos de indisposição estomacal ou um acidente vascular cerebral. Mulheres acima de 65 anos costumam demorar mais tempo para admitir que estão doentes ou para procurar assistência médica, em comparação com pessoas mais jovens.

Apesar de todos os possíveis sintomas, uma em cada cinco pessoas que tiveram um ataque cardíaco apresenta apenas sintomas leves ou até mesmo nenhum sintoma.

Os sinais não devem ser ignorados. Em muitos casos, o infarto pode parecer uma dor “comum” no peito ou até mesmo um desconforto leve, por isso é importante estar atento.

O que fazer em caso de suspeita de infarto?

O tempo é fundamental. Se você ou alguém ao seu redor apresentar os sintomas, procure ajuda médica imediatamente. Vá ao hospital mais próximo. O infarto agudo do miocárdio é uma doença tempo dependente. Isso quer dizer que quanto mais rápido o paciente chega a uma emergência, maiores as chances de o tratamento ser eficaz e menor é o risco de morte e danos maiores ao coração.

O infarto agudo do miocárdio é uma emergência médica. Metade das mortes devido a um ataque cardíaco ocorre nas primeiras três a quatro horas após o início dos sintomas. Quanto mais cedo o tratamento começar, maiores as chances de sobrevivência. Qualquer pessoa com sintomas que podem indicar uma síndrome coronariana aguda deve obter atenção médica imediata. O transporte rápido para o departamento de emergência de um hospital por uma ambulância com pessoal treinado pode salvar a vida da pessoa. Tentar entrar em contato com o médico, parentes, amigos ou vizinhos da pessoa é um desperdício de tempo perigoso.

Enquanto a ajuda não chega:

  • Mantenha a pessoa calma e sentada
  • Não deixe que ela se esforce
  • Se a pessoa desmaiar, inicie a reanimação cardiopulmonar (RCP), se souber como fazer

Diagnóstico

O diagnóstico do infarto é feito principalmente por meio de:

Eletrocardiograma (ECG)

Detecta alterações elétricas no coração, indispensável para avaliar a extensão do infarto, sua localização e auxilia na tomada de decisão quanto à proposta terapêutica. É frequente que se realize exames seriados para monitorar a evolução da lesão cardíaca e o pós-tratamento.

Exames de sangue

Também chamados de biomarcadores cardíacos, medem os níveis de certas substâncias no sangue e auxiliam os médicos a diagnosticarem síndromes coronarianas agudas. Essas substâncias são normalmente encontradas no músculo cardíaco, mas são liberadas no sangue somente quando o músculo cardíaco está lesionado ou morto. As substâncias mais comumente medidas são proteínas do músculo cardíaco chamadas troponina I e troponina T, e uma enzima chamada CK-MB (creatina quinase, subunidade da banda miocárdica).

Exames de imagem

Ecocardiograma ou angiografia; já o cateterismo cardíaco é um exame realizado de acordo com a indicação médica para localizar a lesão arterial, avaliar se há mais lesões e tratar quando indicado.

Tratamento de síndromes coronarianas agudas

O tratamento varia de acordo com cada caso e o tempo decorrido desde o início dos sintomas até a chegada na emergência.

Medicamentos

A questão mais importante na parte inicial do tratamento de um ataque cardíaco é obter assistência médica rapidamente para que os médicos possam tentar restaurar o fluxo sanguíneo na artéria afetada. As pessoas que acreditam que podem estar tendo um ataque cardíaco devem mastigar uma aspirina imediatamente após chamar uma ambulância. Se a aspirina não for tomada em casa ou administrada pelo pessoal de emergência, ela é administrada imediatamente no hospital. Essa terapia melhora as chances de sobrevivência pela redução do tamanho do coágulo (se presente) na artéria coronariana.

Outras medicações para reduzir a formação de coágulos podem ser instituídas. Medicações para evitar o aumento cardíaco (cardiomegalia) e reduzir a sobrecarga cardíaca também são importantes para melhorar a função cardíaca. Outra classe de medicamentos cardioprotetores são as estatinas, que contribuem para a redução da mortalidade.

Reabertura ou desvio de artérias bloqueadas: trombólise

Para alcançar melhores resultados, a trombólise, que é a aplicação endovenosa de medicamentos para dissolver o coágulo, deve ser feita em até 90 minutos após a chegada no hospital. A angioplastia (balão e implante de Stent) também apresenta maior eficácia quanto mais precoce for a intervenção.

Cirurgia cardíaca nos casos indicados: revascularização do miocárdio

Alterações no estilo de vida (Mudança no Estilo de Vida – MEV)

Manter o peso sob controle, uso correto das medicações, atividade física, cessar o tabagismo, evitar o abuso de álcool e seguir as recomendações da equipe de cuidados são indispensáveis para quem teve infarto agudo do miocárdio, pois mudam o curso da doença, aumentando a sobrevida e a qualidade de vida.

Complicações

Pessoas com angina instável (dor no peito mesmo em repouso) ou que tiveram um ataque cardíaco também podem apresentar complicações que podem ser duradouras. As complicações dependem da extensão da lesão do músculo cardíaco, o que é uma consequência direta do local do bloqueio da artéria coronariana e do tempo em que esta artéria permaneceu obstruída.

Se o bloqueio afetar uma grande porção do músculo cardíaco, o coração não irá bombear eficazmente e poderá aumentar de tamanho, resultando possivelmente em insuficiência cardíaca que é a dificuldade em bombear o sangue para o corpo.

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Já fez a autodeclaração de saúde? A partir dela, conseguimos mapear riscos, entender suas necessidades e indicar os programas complementares de saúde mais adequados à sua jornada, sempre com foco no seu bem-estar.

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Referências bibliográficas

1. Ministério da Saúde: Atualização de diretrizes colabora para combate ao Infarto Agudo do Miocárdio
2. Manual MSD
Ranya N. Sweis, MD, MS, Northwestern University Feinberg School of Medicine
Arif Jivan, MD, PhD, Northwestern University Feinberg School of Medicine
Síndromes coronarianas agudas (ataque cardíaco; infarto do miocárdio; angina instável)
3. Observatório Saúde Pública: Doenças cardiovasculares: fatores de risco e perfil de pessoas acometidas
4. SOUZA, C. F., CARVALHO, A. C. C., GOMES JÚNIOR, M. P. M., RAMOS, L. W. F., Guia de Bolso de Cardiologia – 2ª edição - 2019.
5. Diretrizes da Sociedade Brasileira de Cardiologia sobre Angina Instável e Infarto Agudo do Miocárdio sem Supradesnível do Segmento ST – 2021 Brazilian Society of Cardiology Guidelines on Unstable Angina and Acute Myocardial Infarction without ST-Segment Elevation – 2021 Realização: Departamento de Cardiologia Clínica (DCC) da Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC) Conselho de Normatizações e Diretrizes (2020-2021): Brivaldo Markman Filho, Antonio Carlos Sobral Sousa, Aurora Felice Castro Issa, Bruno Ramos Nascimento, Harry Correa Filho, Marcelo Luiz Campos Vieira Coordenador de Normatizações e Diretrizes (2020-2021): Brivaldo Markman Filho Editor: José Carlos Nicolau Editores Associados: Gilson Feitosa Filho, João Luiz Petriz, Dalton Bertolim Précoma, Walmor Lemke, Ari Timerman, José A. Marin-Netto, Luiz Bezerra Neto, Bruno Ferraz, Eduardo Lapa, Leopoldo S. Piegas Comitê de Redação: José Carlos Nicolau, Gilson Feitosa Filho, João Luiz Petriz, Remo Holanda de Mendonça Furtado, Dalton Bertolim Précoma, Walmor Lemke, Renato D. Lopes, Ari Timerman, José A. Marin-Netto, Luiz Bezerra Neto, Bruno Ferraz, Eduardo Lapa, Leopoldo S. Piegas

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